Coaching

Por Dra Silvana Leonel

Coaching é um processo ou uma metodologia de desenvolvimento e capacitação de potenciais existentes em qualquer pessoa, mas que podem se encontrar dormentes, mal explorados, mal direcionados, de atuação ineficiente, infantilizados ou escravizados por crenças do subconsciente que tolhem e bloqueiam sua experimentação plena.

O Processo de Coaching não é uma prática médica e não substitui nenhum tratamento médico.

Pode ser exercido por profissionais que tenham se habilitado através de cursos específicos e a escolha destes profissionais deve ser criteriosa, evitando-se aqueles que estejam associados a resultados fantásticos e milagrosos. 

Qual a diferença entre Coach e Coachee?

O instrutor, chamado de Coach, é o estimulador deste desbloqueio, a partir do uso de técnicas e ferramentas de eficácia comprovada, desde que o cliente, chamado de Coachee, se torne comprometido com seu processo de transformação e ascensão.

Crenças limitantes e bloqueios emocionais

O ser humano pode carregar dentro de si uma maior ou menor dificuldade de se desvencilhar de bloqueios internos e sentimentos que foram sendo sedimentados através de vivências negativas em diversas épocas de sua vida. Estes sentimentos vão se incorporando ao cérebro racional e irracional, formando a base dos valores que regem todas as suas ações do dia a dia.

Mal administradas, elas irão, desastrosamente, impedir decisões, muitas vezes simples, mas que poderiam lhe proporcionar prazer, sucesso, realização íntima, abundância financeira, satisfação social, plenitude afetiva e a tão sonhada felicidade.  

Para muitos, este ainda é um universo intangível e, consequentemente, acabam por passar uma vida inteira assistindo as alegrias e conquistas de outras pessoas, como se a sua própria abundância e felicidade não estivesse ao seu alcance.

Valores humanos essenciais têm sido constantemente abalados, dolorosamente ameaçados por um “status quo” de violência e instabilidade comportamental, que faz crescer uma sociedade egoísta, amedrontada e triste.

Observem quantas são as fugas… para o álcool, para drogas lícitas e ilícitas, para uma frenética busca de aventuras e ações adrenalizantes, para uma troca constante de parceiros, amigos e empregos, para uma altíssima exposição em redes sociais como forma de aprovação pessoal e, acima de tudo, para zonas de isolamento e distanciamento, propriamente dito. Esses são alguns dos comportamentos que evidenciam as razões desta ferida máter, conhecida como a carência da afetividade.

Coaching não é tratamento médico

Em 2006 empreendi minha formação como Personal Coach e Executive Coach. Constatei que o coaching é uma ferramenta que pode ser utilizada na prevenção de alguns distúrbios de comportamento e afetividade, quando aplicada em pessoas que ainda não estejam com patologias já instaladas.

Estas pessoas se encontram à beira de um distúrbio emocional, são portadoras de sintomas leves a moderados, mas se encontram em um estágio anterior ao das doenças propriamente ditas.

O coaching está indicado a estas pessoas que não sabem como fazer a mudança, mas estão conscientes de que necessitam modificar posturas mentais, mudar sentimentos, hábitos e atitudes que não funcionam mais ou não se adequam a realização de seus planos e objetivos de vida.

Para se identificar neste perfil, pergunte-se: como você se sente em relação ao seu engajamento social, como está sua autopercepção e autoestima? Como está sua vida afetiva, suas realizações e seu prazer? Como tem se saído no trabalho, conquistas, satisfação e carreira? A quantas anda sua vitalidade e sua disposição em realizar todos aqueles projetos que você tem em mente?

Portanto, é importantíssimo distinguir pacientes que necessitam de tratamento médico daquelas pessoas que podem se beneficiar de outras ferramentas e técnicas como o coaching, objeto desta pauta.

Portadores da síndrome da ansiedade, síndrome do pânico, depressão e outras patologias emocionais necessitam de atendimento médico.

Estes pacientes poderão se beneficiar de medicação específica, psicoterapia e outras técnicas auxiliares como a hipnose e a regressão. O atendimento médico é prioritário e o coaching poderá ser associado posteriormente, quando o paciente já estiver estável.

​​Coaching – Antes que venha uma Depressão (leia mais)

A depressão atinge hoje mais de 300 milhões de pessoas da população em geral e, possivelmente, um número ainda maior de pessoas estejam prestes a entrar neste diagnóstico.  A Organização Mundial de Saúde estima que em 2030 a depressão seja a doença de maior prevalência no mundo. 

Lógico, então, deduzir que um grande número de pessoas esteja sob o risco de desenvolver esta doença, cujos desdobramentos são desastrosos.  

É para estas pessoas que desenvolvemos este programa de Coaching – Antes que venha uma Depressão, cujo objetivo é o de desacelerar ao máximo este processo de desgaste e adoecimento da autoestima, de stress e isolamento social, que poderá evoluir, em última instância, para uma depressão.

Este é um programa Coaching especialmente desenvolvido para pessoas que se sentem “sob a ameaça da depressão”, portadores de baixa autoestima, mas ainda repletos de vontade de crescer e de mudar o jogo, de dar um outro rumo à sua própria vida.

É um processo preventivo e de comprometimento pessoal, mas construído sob medida, respeitando a capacidade cognitiva e as características emocionais de cada coachee. 

O Coaching é uma das melhores escolhas para se trabalhar e crescer de forma consciente, progressiva e sem recaídas constantes, acionando um modus operandi de “Ação e Plano Estratégico de Desenvolvimento Pessoal”, ideal para pessoas que gostam de entender e estar no controle de seus processos de transformação.

Vale ainda registrar que, em nossa experiência, a TCC (terapia cognitiva comportamental) e a PNL (programação neurolinguística) também podem ser benéficas para esta fase do processo de queda da autoestima, cabendo a cada um a escolha do processo que melhor se lhe adequar.

Empreender em sua história pessoal e mobilizar o seu potencial de ação deve ser uma prioridade. ​​Cada um deve avaliar sua necessidade, sua urgência e seu comprometimento com a própria felicidade.

Não há mais tempo para questionamentos vazios e nem para continuarmos sendo expectadores de um tsunami pessoal. Ele pode estar batendo à nossa porta, mas tem que ser entendido como uma nova oportunidade de crescimento e reestruturação de valores. Existem momentos cruciais em que temos que decidir retomar as rédeas de nossas próprias vidas, assumir nossos erros e acertos, e nos responsabilizarmos, definitivamente, pelo alcance do nosso bem-estar.

A felicidade é um estado de adequação ao que somos, sonhamos e ao que estamos prontos para alcançar e viver.

Programa Coaching - Antes que venha uma Depressão